quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Homens-Hiena – Folclore Africano

0 comments


Homens-Hiena  Folclore Africano
     A maioria das culturas pelo mundo retratam combinações entre homem e animal, muitas vezes para explicar ataques de fúria dos seres humanos, mas também citadas em totens espirituais.
    No continente africano esse tipo de retratação é vasta e bastante antiga, narrativas sobre um espírito que deixa seu corpo e toma o de uma hiena ou lobo existem em abundância nas histórias da África, ação que ocorreria enquanto o corpo humano de origem permanece inerte. Relatos como esse se manifestam de diversas formas no norte da África, Chifre da África e Oriente Médio, mas na figura dos homens-hiena, consequência da transformação de um humano no animal, ou o inverso, resultando em seres antropomórficos.
   Ameaças regulares dentro do folclore africano, os homens-hiena são metamorfos que ao contrário do lobisomem podem se transformar a qualquer momento, inclusive durante o dia, embora prefiram agir ao anoitecer. Outra particularidade dos homens-hiena é que em alguns relatos andam em bando. Existe também algo que seria o inverso, hienas que conseguem se transformar no ser antropomórfico. Vale ressaltar que apesar da palavra “homem”, as mulheres também teriam essa habilidade.
    Essas criaturas também recebem a terminologia de werehyenas, em alusão ao termo inglês werewolf, designado aos lobisomens. Em geral são muito grandes, suas patas traseiras são menores do que as dianteiras e seu corpo é coberto por pelos espessos – embora também existam variações desprovidas de pelos – são listrados ou manchados, com olhos amarelados que se tornam vermelhos ao atacar.


    O fato é que, muitas tribos africanas fazem associações com a fauna, disfarçando-se com peles de animais e imitando o comportamento deles. Assim como certos rituais do povo Bambara, que imitam hienas tanto em suas vestes quanto ações, buscando evocar a força mística do animal nos membros da tribo. Resta saber se foram costumes como esse que originaram a lenda, ou se avistamentos reais influenciaram nas ações das tribos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário